Burnout, síndrome que tem aumentado com as consequências económicas, sociais e profissionais. 82% dos profissionais já sofreram de burnout alguma vez na sua vida laboral
Embora o conceito não seja novo, foi em 2020 que a OMS identificou o burnout como uma doença mental legítima e diagnosticável. Os seus efeitos são muitos e de longo alcance: desde problemas de saúde mental e física em toda a força de trabalho (e, como resultado, milhões de baixas médicas), às enormes quedas de produtividade, o esgotamento ou burnout é um problema que afeta tanto o empregador como o empregado.
A estes fatores adiciona-se a cultura do sucesso que vigora na nossa sociedade atual: “Parece que em todo o lado, principalmente em redes sociais como o LinkedIn, nos aparecem mensagens contraditórias de que é preciso flexibilidade no trabalho e saber desligar, mas que quanto mais se trabalha mais sucesso se terá. Isto, aliado à pressão dos líderes de equipa e das empresas que precisam de se manter competitivas neste contexto de crise, aumenta gravemente o risco de esgotamento ou burnout nos profissionais”, comenta François-Pierre Puech, Country Director da Robert Walters Portugal.
Estatísticas extraídas do novo e-guide Combater o Burnout no Trabalho*
O novo e-guide para Combater o Burnout no Trabalho da Robert Walters destaca 10 práticas chave a desenvolver pelas empresas de forma a evitar o esgotamento dos seus colaboradores:
Nesta lógica, aproximadamente 20% das atividades são responsáveis por 80% dos resultados. Assim, destaque as tarefas mais importantes e prioritárias de maneira diária e regular para que a sua equipa possa concentrar a maior parte do tempo nas atividades que trarão mais impacto para o negócio. Além disso, quando as metas são revistas regularmente, é mais fácil identificar outliers significativos ou áreas de trabalho que podem ter sido responsáveis por tarefas excessivas.
Para evitar a exaustão dos seus funcionários, incentive-os a tirar férias sem se sentirem culpados por desligarem do trabalho. Além disso, fazer intervalos regulares no trabalho ajudará a melhorar o entusiasmo, a produtividade e a saúde mental da sua equipa. Adicionalmente, considere implementar iniciativas de bem-estar no seu local de trabalho, por exemplo aulas de yoga, acesso a aplicações de mindfulness e comida saudável.
Medidas de trabalho flexível ou remoto podem reduzir a tensão e o stress na vida profissional dos seus funcionários, permitindo uma melhor conciliação da vida pessoal e profissional. Além disso, são uma forma de atrair o melhor talento, pois os profissionais de topo procuram oportunidades com esses benefícios.
20% das atividades são responsáveis por 80% dos resultados. Assim, destaque as tarefas mais importantes e prioritárias de maneira diária e regular.
Não permitir que os seus colaboradores adicionem os seus e-mails profissionais ao telemóvel pessoal ou outros dispositivos que usem durante o tempo livre facilita a sua desconexão e evita que trabalhem fora de horas. Além disso, mostre respeito pelo "tempo em casa" dos seus colaboradores, limitando as comunicações de trabalho fora do horário de expediente.
Uma das principais causas do burnout nos profissionais é a falta de controlo sobre o seu próprio trabalho, seja a gestão do volume de tarefas ou as suas possibilidades de desempenho. Os principais métodos para enfrentar este problema são:
Garantir que os seus colaboradores sentem que são recompensados justamente pelo seu trabalho é uma maneira fundamental de melhorar a satisfação laboral e de prevenir o burnout. A recompensa não tem de ser sempre económica, podendo ser um reconhecimento público (em forma de elogios ou comentários positivos) ou intrínseco (sentir-se orgulhoso do resultado do próprio esforço). Acima de tudo, é importante recompensar os resultados em vez do número de horas passadas no escritório. Combater uma cultura de “presencialismo” é essencial para criar um ambiente de trabalho positivo e prevenir o esgotamento emocional.
Implemente percursos de carreira e descrições de funções e objetivos de maneira transparente para que as pessoas saibam quais são as suas possibilidades de progressão reais e aquilo que é necessário para alcançar um determinado título, nível ou salário. Deve-se referenciar este plano regularmente e oferecer feedback relativamente ao progresso realizado, especialmente durante as avaliações anuais.
O esgotamento ocorre quando uma pessoa simplesmente tem demasiado que fazer ou falta de recursos e competências para fazer o que é exigido no tempo previsto.
Uma cultura corporativa diversa, sólida e positiva que seja aberta a todo o tipo de profissionais aumenta o compromisso dos empregados, que se sentirão mais envolvidos com a empresa. Além disso, melhora a sua satisfação laboral e, consequentemente, diminui o risco de burnout. A realização de eventos corporativos, a implementação de plataformas de comunicação interna, a celebração de aniversários para aplaudir a singularidade de cada profissional ou as políticas de portas abertas são algumas das iniciativas que ajudam a criar este espírito de comunidade.
Permitir ambiguidades quanto aos critérios de promoção/aumento salarial pode facilmente levar a situações interpretadas como injustas. O estabelecimento de políticas salariais claras e alinhadas com o mercado de trabalho e a implementação de planos de mentoring que facilitem o crescimento e o desenvolvimento de todos os colaboradores resultarão na criação de um ambiente inclusivo e diverso. Em relação a acordos flexíveis de trabalho, estes não devem ser limitados aos funcionários com necessidades específicas, como trabalhadores com filhos, mas devem ser estendidos a toda a força de trabalho para demonstrar que todos os trabalhadores são iguais aos olhos da empresa, independentemente da sua condição ou situação familiar.
Os colaboradores têm maior probabilidade de sofrer burnout caso não se sintam identificados ou se não souberem qual é a missão da sua empresa.
Os colaboradores têm maior probabilidade de sofrer burnout caso não se sintam identificados ou se não souberem qual é a missão da sua empresa. Assim, assegure que os perfis públicos da empresa (sites, redes sociais, comunicados de imprensa, relatórios...) transmitem de forma clara os seus valores e missão. Isto ajudará os seus empregados a entender melhor se se encaixam na organização, e como seu trabalho contribui para o sucesso da empresa. É verdade que algumas empresas já incluem durante os seus processos de recrutamento uma entrevista com o objetivo de descobrir o "ajuste cultural" do candidato, em que os profissionais têm a oportunidade de experimentar a cultura da empresa, seja por meio de uma visita aos escritórios, um café com potenciais colaboradores ou a projeção de vídeos de eventos corporativos.
*Sobre o e-guide Combater o Burnout no Trabalho
Atualmente, milhões de profissionais estão sujeitos a uma cultura de esgotamento laboral. Enquanto tentam subir nas suas carreiras, são confrontados com cada vez mais mensagens encorajando-os a levantarem-se mais cedo, a trabalharem mais e até dormir menos. Neste guia sobre o burnout exploram-se as estratégias que as organizações podem implementar para ajudar a combater o esgotamento nas suas principais causas e garantir que os funcionários mantêm uma relação saudável com seu trabalho. Solicite o e-guide de forma totalmente gratuita aqui.
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