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As 4 habilidades imprescindíveis aos líderes do futuro

A colaboração, o pragmatismo, a coragem e o cuidado com os outros (e com o próprio) dos líderes empresariais ajudam a proteger os profissionais e organizações de potenciais danos, e a navegar nestes novos tempos de mudança, crise e incerteza 

A realidade é que o futuro do trabalho já se encontra aqui. Se o coronavírus nos deixou alguma herança, é esta: a incerteza é a nova constante, e os líderes empresariais devem adotar práticas sustentáveis no tempo que protejam os seus negócios de crises futuras de natureza diversa.

A Robert Walters associou-se à Changeosity, consultora de negócios sediada no Dubai, parar criar um Guia para Liderar Equipas que inclui as 4 habilidades imprescindíveis aos líderes do futuro para gerir este novo ecossistema volátil, complexo, ambíguo e incerto (VUCA).

1. Colaboração

Ser visionário: a função de um líder consiste em estabelecer a direção da empresa e capacitar pessoas da sua confiança para que possam criar e implementar soluções que lhes garantam poder percorrer esse caminho plenamente. Além disso, deve comportar-se e delegar a tomada de decisões de maneira responsável às pessoas certas no momento adequado. Da mesma forma, é alguém que adota um pensamento dinâmico constante. Para conseguir tudo isto, um líder tem de saber colaborar e contar com uma equipa que o aconselhe sobre as prioridades e o ajude a gerir situações de mudança de elevado stress de forma tranquila e sistemática. Os seus conselheiros devem ser de disciplinas variadas (finanças, recursos humanos, área jurídica, marketing e comunicação, IT, etc.) para que possam oferecer-lhe perspetivas diferentes face a cada problema.  

“A transparência e a claridade são elementos chave de um líder em situações de mudança. Deve ser claro sobre aquilo que sabe, o que não sabe e o que está a fazer para obter mais informações, adaptando assim as suas políticas e foco à medida que aprende mais sobre a situação e a melhor forma de enfrentar a sua evolução. A sua comunicação deve ser, portanto, reflexiva, sensível e frequente. Deve fomentar estratégias transversais entre departamentos e funções para desenvolver soluções a problemas em tempo real. Finalmente, deve evitar julgar, mantendo-se aberto a correções à medida que avança sem reagir de forma adversa. Os erros são, para um bom líder, oportunidades de aprendizagem e crescimento”, comenta François-Pierre Puech, Country Director da Robert Walters Portugal.

2. Pragmatismo

Ser sincero consigo mesmo: o líder deve conseguir ter uma visão do panorama geral para avaliar o alcance da situação de mudança, crise ou incerteza que está a afetar a empresa. Isto implica parar, refletir, avaliar a situação de diferentes perspetivas, considerar medidas de prevenção e decidir quais são as ações estratégicas prioritárias e necessárias. Este processo começa com o compromisso de todos os grupos de interesse afetados. Um líder tem de conseguir manter as discussões abertas e honestas sobre as debilidades que afetam as respetivas “comunidades” e promover a transparência do risco para começar a gerar soluções práticas que sejam possíveis de implementar por todos. 

Um dos principais objetivos do líder empresarial deve ser garantir o acesso a ativos vitais necessários para um negócio sustentável, bem como identificar os pontos fracos e as sensibilidades e elaborar um plano de ação para abordar as maiores ameaças ou riscos. A priorização de estratégias e planos é essencial, e um bom líder necessita de elaborar um plano de ação que seja pragmático e flexível, podendo adaptar-se facilmente à medida que a situação se vai alterando.

3. Coragem

Um líder da mudança deve enterrar o seu ego e aceitar a possibilidade de existirem reviravoltas inesperadas mais profundas e prolongadas no seu negócio, de forma a ser capaz de criar soluções sensíveis e sustentáveis a longo-prazo. comenta François-Pierre Puech.

As decisões mais radicais, por exemplo redução de custos, podem salvar a empresa no futuro. Os desinvestimentos antecipados podem levar a maiores ganhos num ambiente de recessão.

A empatia, humanidade e humildade são características essenciais de um líder.

“Desde avaliar criticamente cash flow, lucros, perdas e a posição financeira da organização; observar diferentes cenários e testar os seus respetivos resultados, o objetivo do líder deve ser identificar elementos que possam afetar significativamente a liquidez da empresa. Depois de avaliar a situação, deve ser capaz de ter conversas corajosas com bancos, fornecedores, credores para ajudar a aliviar pontos de pressão; otimizar medidas de redução de custos; procurar maneiras de melhorar a liquidez desinvestindo em negócios não essenciais; enfrentar as implicações de solvência e a capacidade de cumprir as obrigações de dívida... Em conclusão, deve responder com intenção e coragem às questões financeiras consequentes de uma crise, e não apenas reagir”, comenta François.

Finalmente, um líder numa situação de mudança deve criar oportunidades inovadoras e estar aberto a possíveis dificuldades. "Ao procurar soluções resilientes e preparadas para o futuro, irá criar uma estratégia de recursos a longo prazo", comenta ele.

4. O cuidado com os outros (e com o próprio)

A empatia, humanidade e humildade são características essenciais de um líder, alguém que aceita a incerteza com calma, compostura e confiança. Com essa aptidão, é capaz de gerar uma liderança credível que facilitará a superação de qualquer obstáculo, desafio ou adversidade. Cuidar de si mesmo é assim fundamental para atingir esse objetivo. Como liderar com o "depósito vazio"? A compaixão pelos outros começa com a compaixão por si mesmo. Todos os líderes precisam de se concentrar nos aspetos que podem afetar significativamente a equipa e os seus stakeholders: “Como são afetados os meus clientes, colaboradores e trabalhadores pelos eventos à medida que eles se desenrolam? Como posso aliviar os danos e o sofrimento durante esse período? Como posso ajudar os outros?”

O líder deve promover ativamente a "segurança psicológica" dentro da empresa: incentivar os funcionários e outras partes interessadas a pedir ajuda e discutir abertamente decisões, ideias e receios - sem medo de repercussões adicionais. Expressar interesse pelas suas preocupações e oferecer soluções que abordem e mitiguem o seu impacto deve ser uma prática natural e sistemática num líder. Da mesma forma, deve incentivar as suas equipas de trabalho a agir com responsabilidade. As diretrizes são úteis em questões não vinculativas que ajudam os colaboradores a entender como se comportar e tomar decisões por si mesmos.

“Os problemas dos empregados da organização não podem ser resolvidos de maneira genérica. Um líder deve adaptar e personalizar a sua resposta com base nas necessidades individuais de cada membro da equipa, oferecendo o apoio e os recursos necessários para permitir um ambiente de trabalho adaptado à mudança: motivador, seguro, flexível, comunicativo e produtivo ”, conclui François-Pierre Puech.

Guia para Liderar Equipas (à Distância) - Robert Walters e Changeosity

A Robert Walters associou-se à Changeosity, consultora de negócios sediada no Dubai, para elaborar este guia cuja missão é oferecer toda a informação necessária para liderar equipas perante as mudanças no mundo do trabalho causadas pelo COVID-19, e no futuro. Pode solicitar o guia em português ou inglês de maneira totalmente gratuita aqui.

Para mais informação, visite a nossa página sobre Smart Working ou assista aos nossos webinars. Precisa de conselhos de contratação, ou tem uma oferta de emprego? Entre em contacto connosco.

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