Como qualquer pessoa em busca de emprego lhe pode confirmar, o que não faltam são empresas de recrutamento, porém, todas apresentam as suas diferenças em termos de experiência, foco e estilo. Assim, como encontrar um consultor de recrutamento que seja certo para si?
Com ajuda dos nossos especialistas, deixamos-lhe 5 perguntas-chave que deve fazer para saber se um consultor seria um bom encaixe para as suas necessidades de carreira.
Os postos de trabalho são cada vez mais especializados, tornando-se frustrante para um candidato falar com alguém que afirma ter um profundo conhecimento do seu sector e disciplina, mas que, quando posto à prova, não compreende verdadeiramente a sua área. Como pode alguém representar um candidato de forma credível a potenciais empregadores se não percebe realmente aquilo que este faz?
O que não se quer é alguém que trabalhe com todos os sectores, não sendo verdadeiramente especialista em nenhum
“A ideia é procurar conhecimento funcional da sua área. Por exemplo, se for um candidato de marketing digital, vai querer ter a certeza de que fala com um consultor que já tenha demonstrado um historial positivo de recrutamento especificamente para essa área, ou que, pelo menos, esteja apoiado por uma grande equipa experiente nesse sector específico”, comenta Fabienne Viegar, manager de IT&Digital na Robert Walters.
“O que não se quer é alguém que trabalhe com todos os sectores, não sendo verdadeiramente especialista em nenhum”, declara François-Pierre Puech, Country Director da Robert Walters Portugal. “Ou seja, alguém que estava ontem a trabalhar com um advogado, com um marketing generalista hoje e um recepcionista amanhã. Procure evidências de conhecimento real da sua indústria ou sector – por exemplo, diga algumas palavras-chave durante a entrevista e veja como o consutor reage.”
Para os candidatos que considerem uma mudança internacional, é essencial ter pessoas no local que conheçam bem o destino-alvo.
“Se o seu objectivo é mudar de Lisboa para Sydney, vai encontrar uma realidade bastante diferente daquela a que está habituado. Assim, o ideal é ter alguém, fisicamente, no sítio para onde deseja ir, de forma a que possa dar aconselhamento e informações sobre todos os detalhes vitais para além do trabalho em si, seja impostos, mercado imobiliário ou cultura”, explica Fabienne. Este tipo de conhecimento local pode ser uma ajuda preciosa para um candidato decidir se a localização que pretende é um bom encaixe para a sua personalidade e objectivos.
“Quando os consultores trabalham à comissão, a dinâmica muda”, comenta François-Pierre Puech. “Por outro lado, sem a pressão da comissão individual, o consultor não sente necessidade de vender demasiado um posto específico, ou de tentar convencer um candidato a aceitar uma oferta que não se adequa bem ao seu perfil. Assim, é importante procurar uma consultora de recrutamento e selecção que incentive as suas equipas de consultores a trabalharem para os interesses dos candidatos e clientes a longo-prazo. Na minha experiência, esta abordagem retira a mentalidade de venda agressiva que muitas vezes encontramos nestas empresas, e o candidato pode confiar que o seu consultor vai mesmo respeitar as suas necessidades e interesses em vez de outros.”
Pergunte-se: este consultor parece-lhe alguém com quem poderá trabalhar a longo-prazo na sua carreira? Preocupa-se realmente consigo?
Muitos consultores têm uma mentalidade muito transaccional, ou seja, o que pretendem é que o candidato seja colocado no cliente, de forma a receberem uma comissão sobre essa transacção e seguir para a próxima. Assim, o melhor é encontrar um recrutador que se preocupe realmente com as suas necessidades e com o seu futuro, e que procure também estabelecer uma relação a longo-prazo com o candidato.
“O que se pretende é um consultor que esteja interessado em encontrar o trabalho certo para a pessoa certa”, refere Fabienne, “os bons recrutadores apresentam o candidato a outros especialistas dentro da mesma empresa, e todos vão procurar contribuir com as suas competências, contactos e conhecimento de diferentes áreas e até países. O ideal é que o candidato possa aceder ao máximo de oportunidades possíveis, mesmo a nível global."
Esta é outra das desvantagens das agências baseadas em comissões individuais, onde "o candidato só vai conhecer um consultor, que vai procurar desesperadamente colocá-lo entre um dos seus clientes, sem ter em conta a maior rede de possibilidades que poderá existir.”
Não é boa ideia aceitar entrar num processo de uma agência de recrutamento que obrigue o candidato a trabalhar em exclusividade”, comenta François-Pierre Puech. “Um bom consultor deve fazer o candidato sentir que não tem necessidade de procurar ajuda noutro sítio, que todo o mercado está a ser analisado para o ajudar, mas nunca o pressionando a aceitar qualquer tipo de acordo de exclusividade.”
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