53% dos recém-licenciados não exerce a sua área
De acordo com os resultados do inquérito realizado globalmente pela Robert Walters, consultora de recrutamento, as pessoas que se formaram nos últimos 12 meses sentem que os seus estudos não proporcionam os conhecimentos necessários para enfrentar o mercado de trabalho.
Destes, 72% consideram que a sua licenciatura não lhes deu uma "maior vantagem" em comparação com os candidatos que concluíram outros tipos de formação. Além disso, 53% afirmam que o seu emprego atual não está relacionado com os seus estudos.
O que procuram os recém-licenciados?
"Os recém-licenciados estão ingressando no mercado de trabalho mais desafiador dos últimos anos: menos vagas e salários que não se ajustam ao aumento do padrão de vida, somam-se a alta concorrência laboral derivada do trabalho remoto que realoca o trabalho", diz de François-Pierre Puech, Country Director da Robert Walters Brasil e Portugal.
"Vemos como uma tendência entre os profissionais da Geração Z que eles passem mais tempo procurando emprego, pois dão mais ênfase ao prazer de seu trabalho, aos valores da empresa, bem como ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional do que seus pais." diz François.
Com um mercado frágil devido à situação económica, as empresas procuram profissionais que tenham experiência que lhes permita começar a trabalhar o mais rapidamente possível. De facto, os cortes orçamentais conduzem a um menor investimento em educação e formação para o trabalhador, pelo que a experiência profissional é muito mais atrativa num processo de seleção do que um diploma universitário.
É comum que recém-licenciados comecem a trabalhar em uma posição que não está relacionada à área que estudaram, desse modo muitos deles chegam a repensar na sua trajetória profissional para conseguir um emprego.
Quando questionados sobre o que é mais importante para eles quando procuram o primeiro emprego, 38% priorizam a progressão na carreira e 35% o salário, em comparação com 15% que preferem uma posição na sua área de estudo ou (13%) estabilidade no emprego.
“Os recém-licenciados estão de olhos postos num plano de carreira ambicioso e estável. É por isso que eles querem se sentir seguros sabendo que há um plano claro para subir dentro da organização, acompanhado de uma tabela salarial correspondente”, finaliza François.
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