O impacto da robótica e da inteligência artificial no futuro do emprego na indústria

O automatismo industrial vive uma nova revolução que é reinventar empregos no setor.

"Apesar do que se acredita, todo o avanço tecnológico é o gerador de empregos no campo industrial. A robótica amplamente estendida nas áreas de automotiva, química ou manufatura, ajudou a melhorar os processos e permitiu o crescimento e expansão de muitas empresas, o que leva diretamente a mais emprego e melhor qualidade", afirma Javier De Gregorio, Manager na divisão de Engenharia na Robert Walters Portugal.

O que esperar das novas tecnologias

Muitos dispositivos robóticos já possuem Inteligência Artificial integrada para a melhoria dos processos industriais. Por exemplo, em uma linha de montagem, a IA é capaz de analisar e tomar decisões antes mesmo de ocorrer um problema ou imprevisto. Por isso, esta tecnologia é uma aliada perfeita em termos de segurança na indústria.

Além disso, a IA não só é capaz de ajudar na fabricação em si, mas também permite que a cadeia de suprimentos seja automatizada para aumentar sua eficácia e eficiência por meio de análise preditiva ou otimização de transporte.

As três áreas com maior criação de emprego no sector industrial são:

• Conceção, desenvolvimento e fabrico de tecnologia robótica com aplicações de inteligência artificial.
  
  
• Big data para a análise e melhoria de processos, com foco na sustentabilidade e economia de energia na fabricação, armazenamento e transporte.
  
  
• Suporte técnico para a correta manutenção das máquinas.
   

"Na Robert Walters, temos visto uma procura crescente por perfis
especializados de engenharia e programação para realizar o projeto e a fabricação da robótica industrial do futuro", comenta Javier.

Reinventar ou Morrer

Para se adaptarem às mais recentes tecnologias e tendências, os profissionais que trabalham no setor devem ser continuamente treinados, só assim poderão manter-se atualizados e permanecer um perfil de elevado valor acrescentado para a sua empresa ou, em caso de procura de emprego, para empresas concorrentes.

Para fidelizar este talento bem-preparado e especializado, as empresas devem envidar maiores esforços e aumentar os seus orçamentos, não só para a formação dos colaboradores, mas também para políticas de bem-estar social que gerem um sentimento de pertença.

"O que hoje parece para uma empresa é um alto investimento para atrair ou reter um profissional especializado, amanhã se traduz em redução de custos graças ao aumento da produtividade e eficiência nos processos. Se analisado desta forma, um engenheiro com conhecimento e experiência nas últimas tendências em robótica industrial, sabe que tem maior poder para negociar salário e benefícios com a sua empresa atual ou um futuro contratante", finaliza Javier.