Se está a candidatar-se a um novo emprego depois de alguns anos a trabalhar na mesma empresa, é provável que tenha deixado o seu currículo de lado durante esse tempo, e seja preciso atualizá-lo com informação relevante em falta. O que fez estes anos que não aparecem no texto do seu CV?
Adquiriu novas habilidades e conhecimentos, teve outros sucessos, acrescentou experiência de trabalho, atingiu promoções? Pode até ter alterado os seus detalhes de contacto, e talvez queira também aproveitar para repensar a fonte e design do seu CV…
Chegou a altura de fazer uma revisão. Descubra 5 maneiras de utilizar a ciência da influência para refrescar o seu CV.
Uma forma interessante de abordar o trabalho de atualizar o seu CV é repensá-lo através da chamada “Nudge Theory”, uma teoria comportamental em que se utilizam gatilhos psicológicos para influenciar as pessoas a seguirem um determinado comportamento, como marcar umas férias ou comer de forma mais saudável (ou, neste caso, reparar no seu CV), ao serem apelativos de várias maneiras para a forma como o nosso cérebro foi treinado para responder. Um dos pioneiros nesta teoria, Richard Thaler, ganhou o Prémio Nobel da Economia em 2017.
Por exemplo, temos tendência para responder ou reagir positivamente perante evidências de conhecimento (autoridade), gostamos de seguir a multidão (prova social), e temos medo de perder as coisas boas da vida (aversão à perda). Assim se explica por que as empresas fazem questão de destacar nos seus sites corporativos os prémios e distinções que ganharam, testemunhos e casos de estudo de sucesso. Se tiver reservado uma viagem online recentemente, reparou com certeza em como lhe vendem a ideia do quão rápido estão a desaparecer os lugares, o que incentiva as pessoas a finalizarem a compra sem mais hesitações.
As perceções que se podem retirar da “Nudge Theory” são muito utilizadas na criação de políticas sociais, educação e marketing. Deixamos-lhe algumas ideias de como pode aplicar alguns destes gatilhos para atualizar a sua ferramenta de marketing pessoal mais importante: o seu CV.
Temos uma tendência natural para preferir pessoas que demonstrem provas de liderança, experiência e conhecimento real. Assim, destaque os prémios que recebeu, responsabilidades que foi ganhando, áreas de conhecimento que já dominou. Pode provar tudo isto com métricas de ROI dos projetos que realizou, ou estatísticas do nível de “engagement” para conteúdo escrito que tenha produzido, entre outros.
Estamos naturalmente programados para seguir a manada e confiar na opinião geral, pelo que, se as pessoas lhe dão boas avaliações ou críticas, qualquer pessoa que veja o seu currículo também terá de poder ver isso facilmente. Assim, considere fazer algo diferente, como incluir algum testemunho ou citação de clientes ou chefes diretos para destacar os seus sucessos de carreira. Se for uma pessoa ativa nas redes sociais, ou um porta-voz da sua companhia, mostre evidências do nível de “engagement” e respostas positivas que tenha recebido.
Temos uma tendência natural para preferir pessoas que demonstrem provas de liderança, experiência e conhecimento real. Assim, destaque os prémios que recebeu, responsabilidades que foi ganhando, áreas de conhecimento que já dominou
Fazer o seu CV parecer algo fácil de consumir é um dos elementos psicológicos mais poderosos – dá vontade de o ler até ao fim e de querer conhecer a pessoa.
Pelo contrário, um currículo que pareça demasiado difícil de ler, com blocos de texto denso, design confuso, letra demasiado pequena, erros ortográficos, etc., cria logo uma primeira impressão negativa, que pode resultar em que o seu CV seja descartado imediatamente.
Assim, assegure que o seu CV se apresenta com um design limpo, simples e intuitivo, que reflita a estrutura clara e lógica do seu conteúdo. Adicione vários títulos intuitivos, e seja breve: se necessário, corte alguns exemplos da sua experiência inicial para se poder focar nos seus êxitos mais recentes.
Sem as garantias que conseguimos em interações presenciais, precisamos de encontrar muito mais provas de confiança quando lidamos com pessoas online, o que nos leva a procurar vários sinais da sua credibilidade. Aqui, para garantir que gera confiança, é preciso não só autoridade e prova social, como também a antecipação de objeções. Olhe para o seu CV com os olhos de um entrevistador imaginário que seja muito desconfiado - que perguntas lhe faria sobre o seu CV? Existe alguma lacuna entre os seus períodos de trabalho? Mudou de emprego várias vezes ou de forma sucessiva? Há alguma evidência de ter mudado por se ter tornado redundante para a empresa?
Em vez de tentar disfarçar estas anomalias, reconheça-as – seja transparente e positivo sobre tudo o que aconteceu. Se o seu posto se tornou redundante, isto raramente é por culpa do indivíduo, mas pelas circunstâncias da empresa, porém tentar ocultar este facto pode fazer um entrevistador pensar demasiado na situação e ficar com dúvidas. Mais vale explicar o que se passou brevemente, referindo as dificuldades da sua empresa anterior, mas sempre de forma positiva, destacando principalmente aquilo que aprendeu com a experiência.
Assegure que o seu CV se apresenta com um design limpo, simples e intuitivo que reflita a estrutura clara e lógica do seu conteúdo. Adicione vários títulos intuitivos, e seja breve
Não é de se espantar que as pessoas respondam mais positivamente a pessoas, marcas e organizações por quem sintam afeto. Assim, como pode parecer mais simpático e fácil de gostar através do seu CV?
O tom em que fala é essencial. Escreva de forma leve, clara e positiva, sem linguagem de negócios estéril ou desajeitada – isto é o que faz um texto destacar-se.
Pode aproveitar a sua carta de apresentação para injetar mais uma dose da sua personalidade. Aproxime a sua linguagem da forma como falaria, evitando uma formalidade excessiva, mas mantendo sempre um tom profissional. Aqui também pode aproveitar para escrever uma frase que sumariza o que faz se si único – um brilhante discurso de marca pessoal.
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