Ter a possibilidade de trabalhar a partir de casa ou em trabalho remoto alguns dias por semana é cada vez mais um requisito para os profissionais em Portugal ao procurarem uma nova oportunidade de trabalho - com várias empresas a oferecerem já a possibilidade de trabalhar de casa pelo menos uma ou duas vezes por semana.
Com o aumento do trabalho remoto, as empresas precisam de garantir que os seus colaboradores e chefes de equipa estão bem preparados para garantir uma gestão humana de sucesso que assegure a produtividade nesta situação.
Perante a conjuntura atual do novo coronavírus, que obriga a que grande parte das empresas utilize esta solução para manter a atividade dos seus negócios, a Robert Walters oferece algumas dicas importantes para apoiar as organizações que procurem adaptar-se a esta nova modalidade de trabalho, superando as preocupações relacionadas com a flexibilidade e gerindo melhor os seus colaboradores remotamente.
A gestão do teletrabalho exige uma profunda mudança de mentalidade nos líderes de equipa, que devem basear os seus sistemas de avaliação em resultados, e não no comportamento visível. Para que isso funcione, deve-se estabelecer e manter um ambiente de confiança entre o manager e cada membro da sua equipa.
O trabalho flexível pode criar desafios de comunicação, pois os colaboradores podem sentir menor ligação entre si. Isto pode resultar num menor sentimento de pertença. Assim, além de ser positivo implementar um horário definido diário ou semanal para a equipa se reunir em videoconferência, também aconselhamos os managers a usarem ferramentas alternativas e outros canais digitais para fomentar a comunicação ao longo da semana, como mensagens instantâneas e reuniões virtuais, por exemplo através do Skype, Zoom, Workplace ou GoToMeeting, entre outras.
Deve-se estabelecer e manter um ambiente de confiança entre o manager e cada membro da sua equipa
É de vital importância que a realização e participação neste tipo de reuniões e conversas diárias sejam respeitadas; caso contrário, as pessoas poderão sentir-se perdidas no desempenho das suas funções. Os managers devem dedicar o tempo necessário para gerir e orientar os diferentes membros da equipa, além de garantir a sua máxima produtividade.
As empresas devem criar um ambiente ou cultura corporativa na qual os profissionais não se sintam em desvantagem ao trabalhar remotamente ou se sintam menos beneficiados do que aqueles que trabalham presencialmente. Os profissionais que trabalham na primeira modalidade podem não se sentir confortáveis numa situação de distância física (e, logo, existe uma desconexão mental) com o seu manager ou com os outros colegas de equipa. Assim, é altamente recomendável que os chefes de equipa comuniquem abertamente as diferentes modalidades de trabalho (presenciais, flexíveis, remotas...) disponíveis na empresa com todos os colaboradores, garantindo assim que todos são tratados da mesma maneira e que têm as mesmas oportunidades (desde que seja possível de forma funcional/geográfica).
Com o uso de smartphones para trabalhar e a possibilidade de se estar sempre ligado, principalmente trabalhando a partir de casa, a linha entre a vida profissional e a vida pessoal está a esbater-se. É portanto essencial que os chefes de equipa vão realizando check ups frequentes para garantir que as pessoas em trabalho remoto não estão a trabalhar excessivamente, pois isso pode levar a um elevado nível de stress e a um possível esgotamento físico e mental, ou “burn out”. Os sinais de alarme a que deve estar atento são a redução da produtividade/eficiência, uma indiferença pouco característica da pessoa, ou uma desmotivação visível.
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