O diretor financeiro moderno está cada vez mais envolvido no processo de contratação. Por isso, é importante saber o que está a acontecer no mercado da gestão operacional provisória.
Apresentamos as tendências mais importantes:
Tendência 1: O método backfill
Uma tendência a que estamos a assistir muito atualmente é o chamado método de backfill. Tradicionalmente, os gestores interinos são contratados para assumir trabalho extra ou um projeto específico dentro de uma empresa, como a implementação de um sistema ERP, por exemplo. O método backfill inverte este processo: a equipa permanente trabalha no novo projeto, enquanto os gestores interinos são contratados temporariamente para se ocuparem das operações do dia a dia.
Este novo processo tem várias vantagens. A mais óbvia é que todo o conhecimento sobre o novo projeto permanece na organização. No passado, acontecia por vezes que este conhecimento desaparecia juntamente com o gestor interino quando o projeto era concluído. Além disso, o backfill dá aos colaboradores permanentes a oportunidade de trabalharem eles próprios num projeto interessante. Deste modo, mantêm-se mais envolvidos e podem desenvolver-se mais. Por último, o gestor interino identifica regularmente restrições ou pontos de melhoria nos processos empresariais diários, o que permite ganhos de eficiência também nas atividades regulares.
No entanto, é frequentemente contratado um gestor de projetos externo experiente para orientar todo o processo na direção certa. Em muitos casos, trata-se de implementações ou projetos complicados e é importante ter alguém capaz de orientar a equipa e ajudar sempre que necessário.
Tendência 2: Contratação de gestores operacionais interinos para selecionar o software de BI adequado
Atualmente, é um trabalho a tempo integral encontrar as ferramentas de Business Intelligence mais adequadas para a sua empresa. Todos os intervenientes têm de ser consultados sobre as suas preferências, é necessário distinguir entre o que é bom e o que é necessário, os fornecedores destas ferramentas têm de ser convidados a fazer apresentações, etc. Numa pequena organização, ainda é possível organizar isto internamente, mas nas grandes empresas a tendência é para contratar um perito externo para fazer esta seleção.
Existem muitos gestores operacionais interinos especializados neste tipo de ferramenta, por exemplo, controladores ou analistas de negócios. Eles mantêm o processo claro e garantem que a empresa escolha a solução de BI mais adequada para a empresa. É muito comum que este profissional fique também a supervisionar a implementação.
Tendência 3: A procura de controladores empresariais e financeiros só irá aumentar devido à pandemia
Devido à pandemia, muitas empresas estão a concentrar-se nos custos, o que significa que estão a ser contratados muitos gestores interinos no âmbito do controlo empresarial para fazer um levantamento completo e detalhado da situação financeira. As empresas querem saber exatamente em que ponto se encontram e se estão preparadas para o futuro, ou como podem tornar-se preparadas para o futuro.
Ao mesmo tempo, os controladores financeiros também são procurados. A razão para isso é que ainda há muito trabalho a fazer no que diz respeito às contas anuais e muitas empresas têm de estar atentas ao fluxo de caixa, aos relatórios e a uma maior digitalização.
Muitas empresas têm os seus próprios controladores de negócios, controladores financeiros ou ambos, mas especialmente devido à crise do coronavírus, a carga de trabalho aumentou de tal forma que são necessários mais profissionais financeiros.
Tendência 4: Após uma pequena descida, as taxas voltaram ao nível anterior
No início da crise do coronavírus, as taxas de gestão interina para os profissionais do sector financeiro baixaram. Devido a toda a incerteza que prevaleceu inicialmente, os gestores interinos contentaram-se com um pouco menos ou reduziram o seu horário de trabalho. Mas depois de a situação se ter estabilizado e de todos se terem habituado à nova normalidade, as taxas voltaram a subir rapidamente e estão agora de volta aos níveis anteriores à pandemia.
Além disso, não há qualquer problema para os gestores interinos trabalharem a partir de casa e começarem a trabalhar de forma autónoma. Aconselho as empresas a organizarem uma boa integração e a conhecerem-se pelo menos uma vez na vida real.
