Ou dito de outra forma: 57% das mulheres trocariam de emprego por uma política de maternidade mais atraente.
Isso fica claro pelo menos no estudo Estratégias para Talentos Sustentáveis, Diversidade de Género e Liderança, realizado pelo Grupo Robert Walters. Estamos na segunda década do século XXI, mas os trabalhadores são obrigados a decidir entre desenvolver uma vida familiar plena ou uma carreira profissional. De acordo com esta análise, a nível geral, nas empresas não existem políticas centradas na conciliação dos diferentes papéis desempenhados pelas mulheres.
Hoje apenas 5% dos CEOs da Fortune 500 são mulheres, a disparidade salarial entre homens e mulheres é estimada em uma média de 23%, e preconceitos inconscientes de género continuam a dificultar o progresso em direção à diversidade real dentro das empresas.
O estudo faz parte do programa Empowering Women in the Workplace, que procura estimular a conversa, conectar profissionais e fornecer informações e conselhos às mulheres à procura do sucesso profissional.
A desigualdade de género nos ambientes de trabalho persiste, tanto local quanto globalmente. Fabienne Viegas, Senior Manager da divisão de Tecnologia na Robert Walters Portugal, analisa os dados mais relevantes contidos no estudo. “As empresas estão a investir em suas equipas, mas deixando de abordar as questões de por que as mulheres deixam os seus empregos. E por que elas continuam sub-representados nos negócios nos níveis mais altos. A questão não é mais o porquê, mas o que as empresas podem fazer para atrair e reter mulheres talentosas nas suas empresas”, argumenta ela.
Assim, 5 em cada 10 mulheres indicam que ter um trabalho gratificante e satisfatório é a principal prioridade em sua carreira profissional, segundo o estudo Estratégias para Talentos Sustentáveis, Diversidade de Género e Liderança, realizado pelo Grupo Robert Walters.
De acordo com os dados coletados pela Robert Walters, os fatores determinantes da mudança laboral entre as mulheres são:
No entanto, a área responsável por avançar nessas questões deve ser a direção geral da organização, pelo menos 80% dos profissionais esperam que assim seja. E o que é curioso: apenas 16% acreditam que os departamentos de RH devem ser responsáveis por promover políticas de diversidade de género.
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