Segundo pesquisa realizada com uma média de 350 profissionais sobre o que esperam de seus empregadores e objetivos de carreira em 2023, 56% dos profissionais de finanças afirmam que esperam um aumento salarial.

68% dos entrevistados esperam que seus empregadores considerem o aumento no custo de vida ao avaliarem um aumento salarial e 37% acreditam que o percentual justo de aumento seria aquele que se igualasse ao da inflação. 

Dos 44% que não esperam um aumento salarial, 25% diz que não querem pedir um aumento pois seus colegas foram demitidos recentemente, e não se sentem confortáveis, 21% diz que o motivo é por sua indústria ter sido muito impactada com o covid-19, 15% acreditam que seu atual salário já é uma compensação justa pelo seu trabalho e 5% afirmam não querer prejudicar a estabilidade no trabalho.

Mesmo que muitos profissionais não queiram arriscar ao pedir um aumento, 25% dos entrevistados afirmam estarem prontos para procurarem um novo emprego caso não tenham seus salários aumentados em 2023 e 27% dizem estar a procurar uma nova oferta de emprego mesmo ao estar atualmente empregados. Dentre os principais motivos estão:

• 73% aumento de salário
• 66% Progressão de carreira
• 26% Mais flexibilidade
• 20% Fraca liderança
   

Do restante que não está a procurar uma nova oferta de emprego, 68% afirma que o motivo é porque entrou na organização a menos de dois anos, 43% está realmente feliz com o projecto atual e 25% possuem uma progressão de carreira clara com o seu empregador atual.

Susana Costa, Senior Manager da divisão de Finanças, RH e Legal na Robert Walters Portugal comenta:

‘’Num geral, 2023 espera-se que seja um ano de desafios. Com a guerra na Ucrânia, a elevada Inflação e o aumento das taxas de juro, receia-se o início de uma recessão económica e espera-se um abrandamento da economia, o que se deverá refletir no mercado de recrutamento. Se 2022 foi um ano de grande procura, em 2023 a procura deverá abrandar, sendo que os próprios candidatos poderão não estar tão ativos no mercado, principalmente os que já tenham um contrato de efetividade com a atual empresa, uma vez que poderão sentir algum receio em abraçar novos desafios e ter que passar por um período experimental numa altura de incerteza quanto à reação do mercado português à situação vivida na Europa.’’

Atração de talentos

Susana destaca que É importante que os candidatos sintam segurança na posição, pelo que será mais fácil atrair talento oferecendo contratos sem termo e condições salariais atrativas, face à média do mercado, sendo que os benefícios oferecidos são também altamente valorizados. ‘’O regime híbrido continua a ser muito valorizado pelos candidatos, pelo que com certeza será uma vantagem na hora de contratar.’’ Comenta ela.

Competências

Para além das capacidades técnicas são também cada vez mais valorizados os soft skills.

De salientar:

• Capacidade analítica e espírito crítico
• Conhecimentos em Power BI e management information systems (ERP)
• Capacidade de comunicação com os stakeholders internos e externos
• Idiomas (inglês e outros idiomas, como francês, espanhol e alemão)
• Autonomia e polivalência
• Espírito de equipa, leadership
   

‘’Adaptabilidade, proatividade, assim como resiliência e agilidade para se adaptar a ambientes incertos e complexos são um grande diferencial’’ finaliza Susana.