O que os colaboradores mais valorizam num empregador em 2022

De acordo com a Pesquisa Salarial Robert Walters 2022, entre o que os colaboradores mais valorizam num empregador em 2022 está um plano de carreira bem definido, uma cultura organizacional que os convide a dar o melhor de si, remuneração e benefícios, autonomia e trabalho flexível.
O que as organizações podem fazer para criar um plano de carreira bem definido?
François-Pierre Puech, Diretor da Robert Walters Portugal comenta: “O principal é ter objetivos claros e mensuráveis que os funcionários possam cumprir para seu crescimento. Planos e expectativas de curto, médio e longo prazo para cada etapa podem ser criados, acompanhados de reuniões de avaliação e acompanhamento frequente. Dar feedback é essencial, além de oferecer planos de treinamento constantes para reduzir a lacuna nas habilidades ou conhecimentos que precisam ser desenvolvidos. Além disso, a comunicação é fundamental para identificar se a visão para a qual o trabalhador busca crescer está alinhada com a organização.”
Que outros fatores afetam o plano de carreira?
Reconhecimento:
O reconhecimento é um dos fatores mais motivadores para os colaboradores, reconhecer as atividades realizadas, as boas práticas, os comportamentos e a dedicação melhora o sentimento de pertença e aumenta a motivação.
Programas de reconhecimento organizacional podem ser criados com espaços mensais ou trimestrais onde durante uma reunião de equipa podem ser destacados os colaboradores que tiveram um excelente desempenho, ou até mesmo mensagens ou e-mails para a equipa destacando alguma atividade.
Benefícios:
Com a pandemia, as organizações tiveram que inovar e criar estratégias para manter os colaboradores conectados e engajados, a inclusão de benefícios como oferecer uma ajuda de custo para gastos como internet, aulas online, acesso a aplicativos voltados à saúde mental e planos de treinamento foram aumentando e agora estão entre os mais procurados pelos funcionários.
Inclusão:
As políticas de diversidade e inclusão ganharam grande força. As organizações estabeleceram metas a serem alcançadas como percentuais específicos para alcançar um ambiente de trabalho mais inclusivo. Foram criados comitês que buscam fazer com que os colaboradores se sintam parte da organização e esses comitês realizam atividades e planos de treinamento.
Equilíbrio trabalho-vida:
Os funcionários estão cada vez mais buscando mais flexibilidade, o poder de ter tempo para atividades pessoais enquanto alcançam os seus objetivos de trabalho. O trabalho de 8 horas está sendo transformado em um esquema orientado a metas, no qual, se atingir as suas metas atribuídas, poderá realizar outras tarefas ou ter mais tempo livre.
Promover treinamento:
30% dos funcionários não têm certeza se suas habilidades ainda serão relevantes no mercado de trabalho em 5 anos. A adoção da tecnologia forçou os funcionários a se adaptarem. Os colaboradores consideram que as principais barreiras para melhorar as suas competências ou aprender novas são 59% de custos e 50% de afastamento do escritório, 16% não terão um aumento imediato e 15% não garantem que haverá uma promoção.
Nesse cenário, as organizações podem criar planos internos de treinamento dentro do horário de trabalho e oferecer bolsas de estudo para incentivar os colaboradores a permanecerem engajados.
François conclui: “Cada vez mais vemos que as organizações têm um caminho traçado para cada função, onde desde que a oferta de emprego é publicada mostra onde podem crescer e as expectativas do cargo nos primeiros 3 e 6 meses, desta forma o futuro colaborador pode saber progredir. É importante comunicar as diferentes oportunidades e, como líderes, incentivar as nossas equipas a crescer, ser transparentes sobre os seus próximos passos e o que eles precisam para alcançá-los. Da mesma forma, investir no que se chama de up-skilling dos colaboradores, o que lhes permite tirar partido dessas competências e conhecimentos essenciais”.
Se quiser ter acesso à Pesquisa Salarial Robert Walters 2022, peça para aceder aqui.
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