59% dos diretores preferem o sistema tradicional e não o teletrabalho para as suas equipas

mulher morena no computador

Mas apenas 4% dos profissionais desejam voltar a trabalhar full-time no escritório da empresa após a pandemia 

Uma nova pesquisa global da Robert Walters realizada a 2500 empresas sobre o futuro do trabalho, revelou que, embora as organizações tenham necessitado de adaptar as suas estratégias de negócio para garantir a sua continuidade durante o Covid-19, no futuro a implementação do teletrabalho não é consensual, ainda que seja um dos benefícios mais valorizados pelos profissionais atualmente.

De entre os principais impedimentos para instituir o teletrabalho na organização após o Covid-19, 62% das empresas têm preocupações com a produtividade dos funcionários, ainda que 44% dos profissionais considerem que a sua produtividade aumentou a trabalhar a partir de casa; e o facto de os diretores preferirem o sistema tradicional de trabalho no escritório (59%), contra 96% dos profissionais que pretendem continuar a ter a opção de teletrabalhar a seguir à pandemia. 

6 em cada 10 diretores preferem que as suas equipas regressem ao sistema presencial no escritório, mas 73% das empresas já consideram incluir o teletrabalho no seu pacote de benefícios

Três quartos das empresas estão a considerar permitir soluções de teletrabalho a mais colaboradores após a experiência do Covid-19, mas apenas 13% afirmam que todos os empregados já possuem as ferramentas necessárias para trabalhar remotamente. Por outro lado, 14% das organizações não pensam implementar o teletrabalho após a pandemia em nenhuma circunstância. 

Os principais impedimentos para a instituição da modalidade do teletrabalho na empresa após o Covid-19 são as preocupações relacionadas com a produtividade dos funcionários (62%), ainda que 44% dos profissionais em Portugal considerem que a sua produtividade aumentou com o teletrabalho; e o facto de os diretores preferirem o sistema tradicional de trabalho no escritório (59%), contra 96% dos profissionais que pretendem continuar a ter a opção de teletrabalhar após o Covid-19, já que apenas 4% preferem voltar a trabalhar full-time no escritório. Outros impedimentos referidos pelas organizações inquiridas são a natureza do negócio (por exemplo, vendas presenciais – 43%), os recursos e infraestrutura tecnológica necessários (30%), preocupações com o bem estar dos empregados (9%) e a dimensão do investimento (6%). 

Metade das empresas estão a realizar um retorno faseado ao escritório

Embora 14% das empresas ainda não tenha definido um plano de regresso ao escritório, das estratégias implementadas pelas organizações para apoiar o regresso dos seus colaboradores, as principais têm sido o regresso faseado com base nos riscos de saúde dos empregados (por exemplo, os funcionários mais velhos ou com doenças crónicas regressarão mais tarde) em 50% das empresas; a criação de equipas de trabalho mais pequenas para limitar o contacto entre pessoas no local de trabalho  (46%); dividir os empregados por turnos para que não se encontrem todos no escritório ao mesmo tempo, baseados em critérios específicos (por exemplo, pessoas com nome de A-N trabalham no escritório na semana X e pessoas com o nome O-Z na semana Y), estratégia preferida em 40% dos casos. 

Apenas 22% dos profissionais inquiridos afirmam que os líderes da sua organização já têm boas capacidades de gestão de equipas remotas

Para algumas empresas, o regresso das suas equipas está dependente da importância da função que desempenham (39%). Outras metodologias implementadas têm sido oferecer aos empregados a possibilidade de se voluntariarem a regressar ao escritório 

(39%) ou alterar o horário de trabalho para evitar as deslocações dos empregados durante horas de ponta (35%). Por outro lado, 3 em cada 5 organizações referem que as estratégias de regresso são adaptadas com base nas taxas de infeção e risco locais (diferentes estratégias consoante a localização do escritório). 

37% das empresas estão a considerar a opção de ter menos espaço de escritórios no futuro

As práticas de trabalho à distância e a tecnologia utilizada em resposta ao Covid-19 fizeram com que 4 em cada 10 empresas considerasse a possibilidade de fazer uma poupança de custos futuros ao ter menos espaço de escritórios (por exemplo, não haver um espaço/mesa por empregado). 54% das organizações referem que vão cortar custos para viagens e utilizar mais tecnologias de reuniões virtuais; e 8% planeiam aproveitar melhor as modalidades de trabalho a termo ou por projeto, assim como os benefícios da globalização para poder reduzir ou aumentar os custos associados aos seus empregados. Por outro lado, 30% das empresas afirmam não ter analisado ainda medidas para poupança de custos futuros, e 10% referem que o vírus não fez com que a organização planeie medidas para esse efeito.

Processos de contratação remotos em crescimento – entrevistas, avaliação e onboarding

Apenas 9% das empresas não realizam videoentrevistas, e 24% não utilizam ferramentas de avaliação remota (isto é, ferramentas digitais de avaliação para testar habilidades específicas, características de personalidade ou encaixe cultural, por oposição a questionários tradicionais ou entrevistas presenciais). Por outro lado, 70% das empresas já realizam processos de onboarding de novos colaboradores de forma totalmente remota, sem que estes tenham de se deslocar ao escritório. 

65% consideram que os diretores da sua empresa deveriam centrar-se nos resultados dos empregados e não no tempo passado a trabalhar

Apenas 22% dos profissionais inquiridos afirmam que os líderes da sua organização já têm boas capacidades de gestão de equipas remotas. De forma a liderar novas formas de trabalhar no futuro, os diretores deverão ter mais empatia relativamente ao work-life balance dos seus empregados, e compreender que isso pode ter significados diferentes para cada um (68%). Por outro lado, deverão focar-se em resultados e não no tempo passado a trabalhar (65%); ter melhor compreensão das tecnologias e do seu impacto no teletrabalho e na colaboração de equipas (58%); implementar uma comunicação virtual mais clara (vídeos, blogs, etc. – 55%); valorizar a importância da saúde mental e bem estar dos empregados (48%); e, finalmente, criar tempo para uma maior colaboração em vez de adotar uma abordagem de trabalho hierárquica (44%).

Covid-19 and the Future of Work

Este estudo do Grupo Robert Walters sobre o futuro do trabalho após o Covid-19 foi realizado em Junho de 2020 a 2500 empresas de diferentes setores a nível global. Por outro lado, os dados referentes a profissionais correspondem ao estudo do Grupo sobre o impacto do COVID-19 na vida profissional, que foi realizado em Maio de 2020 a 5500 profissionais de diversos países, 320 em Portugal.

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